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Antidepressivos: História e o Tabu das Doenças Mentais


O que é um Antidepressivo ?


“Antidepressivo” refere-se a uma subcategoria de substâncias psicoativas ou psicotrópicas.


Na década de 1940, foi explorado o efeito tranquilizante de substâncias com ação anti-histamínica- utilização de medicamentos para tratar pacientes com distúrbios mentais em 1952 num hospital psiquiátrico francês, com Pierre Denicker e Jean Delay.



A sua Industrialização:


Quando se ampliou o uso de fármacos industrializados, logo após a Segunda Guerra, observou-se que alguns medicamentos em teste para outros problemas de saúde melhoravam o humor de pacientes com sintomas depressivos. A primeira classe desses medicamentos foi a dos Inibidores da MAO ao utilizar a iproniazida para tratar a tuberculose, percebeu-se que o humor dos pacientes melhorava. Porém, por possuir muitos efeitos colaterais, esta substância deixou de ser utilizada.


No decorrer dos anos, novas classes de substâncias, categorizadas a partir dos tipos de receptores com os quais interagem, foram incluídas no grupo dos antidepressivos. Na década de 1980, o desenvolvimento de Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) merece destaque.


Por fim, nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, outros medicamentos, como os inibidores seletivos da noradrenalina, foram lançados no mercado.



Não se utiliza os termos "antidepressivos" ou "depressão":


As primeiras referências bibliográficas que surgiram sobre este tema (1941 e 1955), não utilizam o termo “depressão”, nem se utiliza o termo medicamento “antidepressivo”. Simplesmente existem secções “Drogas depressoras do SNC” e “Drogas estimulantes do SNC”.


Assim, termo “depressão” ou “sintoma depressivo”, no sentido de condição clínica, nem sempre aparece nestas edições.


Consulte o sequinte artigo:




Ainda é considerado um "Tabu"?


Infelizmente, ainda é motivo de tabu falar sobre depressão, ansiedade e outros transtornos mentais que afetam a população. No entanto, os dados da OMS mostram que além de necessário, é urgente debater o tema e combater o preconceito.


No seguinte vídeo, irá aceder a alguma informação sobre uma das primeiras escritoras que escreveu sobre depressão e saúde mental, contrariando assim o status quo, em pleno século XX.





O primeiro antidepressivo:


A maioria das pessoas não se adapta ao primeiro antidepressivo e devem mudar a medicação até encontrar o antidepressivo com o qual responde melhor e apresenta menos efeitos colaterais. O melhor remédio e a dose ideal dependem do organismo e ambiente de cada indivíduo.


Portugal surge como o 5º país em 29 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que mais consome antidepressivos, tendo uma taxa de consumo que é o dobro de países como a Holanda, a Itália ou a Eslováquia, noticiou a agência Lusa, com base no relatório “Sem Mais Tempo a Perder – Saúde Mental em Portugal: um desafio para a próxima década”.


O aumento do consumo de antidepressivos segue a mesma tendência do que nos restantes países da OCDE, onde o consumo duplicou entre 2000 e 2017, o que pode refletir um melhor diagnóstico da depressão, melhor acesso a medicamentos ou ainda uma evolução das orientações clínicas para o tratamento da depressão.



Assim sugeriu Dainius Pūras, o relator da ONU para a saúde mental e física, e autor de um relatório sobre doença mental divulgado esta segunda-feira. Em entrevista, o responsável criticou o número excessivo de prescrições de medicamentos para a depressão e a ansiedade, e a “influência desmedida das empresas farmacêuticas na divulgação de informação tendenciosa sobre saúde mental”.





Antidepressivos e Overdose:


Se quer saber mais sobre a relação entre antidepressivos e overdoses com substâncias ilícitas em Portugal, veja a seguinte notícia:





Tal como todos os medicamentos, os antidepressivos também apresentam reações adversas, como se pode observar no esquema seguinte:






Por outro lado, podemos ressalvar que este tipo de medicação deve ser receitado por um período limitado de tempo para não causar dependência no organismo. Normalmente o tempo de tratamento é definido de acordo com o estado de depressão e ansiedade do paciente.


Apesar das contra-indicações deste tipo de medicação, está comprovado que é eficaz no tratamento de vários problemas e alterações psicológicas, que na maior parte das vezes influencia também o bem-estar físico do indivíduo.


Se achas que precisas de ajuda, ou conheces alguém que possa precisar, não hesites em contactar uma das seguintes linhas telefónicas:




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